domingo, 26 de julho de 2015

NOVO ESTUDO SOBRE A EXTINÇÃO DOS MAMUTES

diariodigital.sapo.pt

Mamutes morreram devido a abrupto aquecimento global, diz estudo

Um «abrupto aquecimento global, parecido com o registado na actualidade», foi uma das principais razões para a extinção em massa dos mamutes, indica um estudo publicado na sexta-feira por uma universidade australiana.

Os investigadores, que utilizaram técnicas avançadas para a análise de ADN e registo geológico, concordaram que uma série de rápidos e curtos eventos colocaram a Terra num aquecimento que propiciou o desaparecimento destes enormes mamíferos.
«Este abrupto aquecimento teve um profundo impacto no clima que causou fortes mudanças na precipitação global e nos padrões de vegetação», diz Alan Cooper, professor da Universidade de Adelaide e chefe da pesquisa, em comunicado.
Os especialistas refutam assim a morte por períodos máximos de frio e inclusive pela presença dos humanos, embora estes também tenham tido um papel importante.
«O aparecimento dos seres humanos aplicou o golpe de misericórdia numa população que já estava sob pressão», disse o especialista.
Os cientistas também alertam sobre a acção do homem no actual aquecimento do meio ambiente e as suas futuras repercussões em relação a uma possível extinção moderna.
Os mamutes habitaram predominantemente a América do Norte desde o seu aparecimento no Mioceno tardio até à sua extinção no final do Pleistoceno, há 11 mil anos.

universitario.com.br

Estudo liga vulcões a aquecimento global na pré-história

- - AF - Estadão - 26/04/2007 (FK)Imprimir


Atividade vulcânica que separou a Groenlândia da Europa também gerou um enorme efeito estufa

Uma equipe de cientistas afirma ter encontrado um elo entre grandes erupções vulcânicas, ao longo da costa leste de Groenlândia e no oeste das Ilhas Britânicas, 55 milhões de anos atrás, e um período de aquecimento global que elevou as temperaturas da superfície do oceano em 5º C, nos trópicos, e mais de 6º C no Ártico. A descoberta é descrita na edição desta semana da revista Science.
Segundo especialistas, o trabalho é importante porque documenta a reação do planeta à liberação de grandes quantidades de gases causadores do efeito estufa, como dióxido de carbono e metano, e associa um período de grande atividade vulcânica a um período de mudança climática.
"Havia evidência, nos registros marinhos, desse período de aquecimento global, e evidência, no registro geológico, das erupções mais ou menos ao mesmo tempo, mas até agora não havia uma ligação direta entre ambos", explica um dos autores do trabalho, Robert A. Duncan, da Universidade Estadual do Oregon.
A chamada Máxima Termal do Paleoceno-Eoceno (PETM, na sigla em inglês) foi um período de aquecimento intenso, que durou cerca de 220.000 anos. Além do aumento na temperatura da superfície dos mares, o evento também aumentou a acidez das águas, e levou à extinção de diversas espécies marinhas.
Os cientistas conseguiram ligar a PETM à separação da Groenlândia do continente europeu analisando as camadas de cinza depositadas perto do ponto máximo das erupções.
"Acreditamos que as primeiras erupções vulcânicas começaram há cerca de 61 milhões de anos, e então passaram-se mais 5 milhões para que o mato se enfraquecesse, o continente afinasse e o material derretido chegasse à superfície", disse Duncan. "Foi como tirar uma tampa. A placa se quebrou e o Atlântico Norte nasceu".
A ligação do vulcanismo com o aquecimento foi estabelecida por meio de correlações com o registro fóssil. Mudanças dramáticas no tipo de átomo de carbono encontrado nos mares, conchas corroídas de animais marinhos e a extinção de alguns organismos das profundezas caracterizam a PETM. Esse intervalo ocorreu cerca de 300.000 anos antes da formação de uma camada de cinzas, depositada pelo pico da atividade vulcânica da Groenlândia.
Os cientistas especulam que a enorme liberação de gases do efeito estufa, a partir dos fluxos de lava e do aquecimento de sedimentos ricos em matéria orgânica, foi responsável pelo aquecimento global e pela mudança na química dos oceanos. O elo final foi estabelecido com a descoberta da camada de cinzas, distribuída por todo o Atlântico Norte.
A atividade vulcânica que ocorreu na Groenlândia de 55 milhões a 61 milhões de anos atrás liberou cerda de 10 milhões de quilômetros cúbicos de magma sobre a Terra. Esses fluxos podem ser vistos na Groenlândia, na Escócia e nas Ilhas Faeroe, onde resfriaram-se, deixando uma seqüência de rochas em camadas a uma profundidade que pode chegar a seis quilômetros.

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