quinta-feira, 12 de novembro de 2015

FORMA-SE A ALTA DA BOLÍVIA



ANÁLISE CLIMATOLÓGICA:
Como se vê na imagem animada, já temos a formação da ALTA DA BOLÍVIA, que distribui umidade sobre a América do Sul durante o Verão. Com isso, temos o El Niño Modoki que alimenta do Pacifico central com umidade as frentes frias no Pacífico Sul.
No nordeste do Brasil permanece ar seco, que invade até o centro-oeste.
Na carta sinótica abaixo temos a ALTA DA BOLÍVIA com pressão atmosférica de 1020hPa.



ALTA DA BOLÍVIA

Ana Maria GusmãoDepartamento de Ciências Atmosféricas (DCA)
Instituto Astronômico e Geofísico (IAG)
Universidade de São Paulo (USP)

Ao longo dos últimos dez anos o Climanálise tem monitorado o posicionamento e a intensidade da circulação da Alta da Bolívia, (AB), anticiclone que ocorre na alta troposfera, no verão, sobre a América do Sul, (AS). Este monitoramento mostrou claramente que é grande a variabilidade da posição e intensidade da AB ao longo de todo o verão. Porque essas variações são importantes? Porque a origem delas está vinculada aos mecanismos que podem oferecer subsídios para melhorar a previsão de tempo.
Para entender a variabilidade na posição e intensidade da AB é necessário entender a interação que ela tem com outros sistemas sinóticos que agem na AS, durante o verão. O padrão de circulação de verão indica que, corrente abaixo da AB, forma-se uma circulação ciclônica em altitude ( Fig. 1a ), que também varia de posição e intensidade ao longo do verão, e cujo efeito mais marcante é a subsidência induzida em baixos níveis sobre a região Nordeste, NE.
A interação entre a AB e o Cavado em altitude sobre o NE é mostrada nas séries das médias espaciais da vorticidade relativa, calculadas ao longo de dez anos, na região do Cavado e da AB ( Fig1b ). Estas séries mostram claramente que em termos de intensidade a correlação entre essas circulações é estatisticamente significativa (Carvalho, 1989).
Além do Cavado corrente abaixo, as variações na AB parecem estar vinculadas também às penetrações de sistemas frontais sobre o continente. Oliveira (1986) registrou nove casos de ocorrência da AB nos quais a passagem de uma frente sob a parte central do continente levavam a Alta a deslocar-se para oeste. A advecção de vorticidade negativa associada à penetração do cavado frontal sobre o continente provavelmente diminui a vorticidade na região leste da Alta, provocando o seu deslocamento para oeste. Esse mecanismo depende da profundidade do cavado frontal e da inclinação do seu eixo em relação à Alta. Além disso, a posição do eixo do jato associado à frente também afetará o posicionamento da Alta. Climatologicamente a vorticidade anticiclônica associada ao cisalhamento do escoamento na região do jato subtropical intensifica a circulação na região da Alta (Carvalho, 1989). Entretanto, mesmo sem o efeito do jato, a circulação persiste, sugerindo que a liberação de calor sob o continente é o mecanismo fundamental de manutenção da Alta.
Gutman e Schwerdtfeger (1965), utilizando a análise do perfil vertical da estação meteorológica de Antofagasta (23oS/70oW), mostraram que no verão do Hemisfério Sul a camada troposférica entre 200 e 500 hPa aumentava de espessura, sugerindo que a fonte de aquecimento para gerar este aumento na espessura estava vinculada à liberação de calor associada a dois processos: calor latente devido à convecção e também calor sensível liberado pelo Altiplano Boliviano.
Em 1980, Gill utilizou as equações da água rasa num modelo hidrodinâmico simples e mostrou que, impondo uma forçante térmica que representasse o efeito conjunto da convecção tropical, era possível gerar um anticiclone em altitude. A posição desse anticiclone era sensível à distância em que a fonte era colocada em relação ao equador. Este resultado motivou uma série de experimentos numéricos que visavam ao entendimento do efeito das fontes de calor nas regiões tropicais sobre a circulação nos trópicos e adjacências.
Os resultados mais recentes deste tipo de experimento foram obtidos por Gandu e Geisler (1991), que fizeram experimentos no cinturão tropical utilizando três fontes de calor para representar o efeito da convecção na Amazônia, Indonésia e África. Todos os experimentos reproduzem a Alta, mas o cavado corrente abaixo da Alta não fica bem definido em termos de posicionamento quando o modelo é forçado apenas com a fonte na Amazônia. Este fato é mais nítido quando a fonte é colocada na Indonésia, sendo fundamental, neste caso, o papel da advecção. Esses resultados sugerem que a distribuição da convecção ao longo do cinturão tropical pode ser importante na determinação da posição de ambos, AB e Cavado.
O papel da não linearidade na variabilidade climatológica da região do Cavado já havia sido sugerido anteriormente por Carvalho et al. (1988). Os modelos hidrodinâmicos entretanto são muito simples para representarem a totalidade de processos envolvidos na dinâmica de formação e flutuação da circulação da AB e Cavado, sendo que os processos físicos podem ter um papel relevante nos processos que regulam esses sistemas a induzir processos não lineares mais complexos. No contexto dos processos físicos ressalta-se o efeito do "deck" de cirrus associado à região de difluência localizada corrente abaixo da AB. Esse "deck" resfria localmente o topo da coluna abaixo do cirrus, e num mecanismo similar ao do efeito estufa, aquece a coluna como um todo. Este processo pode intensificar a instabilização da coluna, estimulando a convecção e pode ter participação no desenvolvimento das linhas de instabilidade que se formam abaixo do deck de cirrus. A interação entre a AB e o Cavado pode então alterar o perfil da coluna atmosférica através de um mecanismo físico, e este processo é não linear. Associadas a estas linhas de instabilidade já ocorreram alguns episódios de chuvas intensas sobre o extremo oeste do interior da região NE, mesmo quando a maioria da região se encontrava sob o domínio da subsidência do Cavado em altitude. Há outros mecanismos que podem ter um papel mais relevante à formação destas linhas, possívelmente a topografia associada a penetração de uma circulação favorável. Entretanto, o objetivo aqui é apenas mostrar através de um mecanismo simples o papel da não linearidade.
Mecanismos semelhantes podem ocorrer na interação entre a Alta e as penetrações frontais. A Alta pode intensificar a convecção na região frontal e a divergência em altitude pode ajudar nesse processo. No entanto, isso depende muito das características dos dois sistemas no instante da penetração da frente sobre o continente. É possível que a divergência em altitude, associada à região da Alta, entre em fase com a convergência úmida em baixos níveis, associada à região frontal, e estabeleça-se assim um mecanismo de "feedback", que estimule a convecção na banda frontal, e esta por sua vez aumente a divergência em altitude. Entretanto, o posicionamento adequado da divergência associada à AB depende de uma série de fatores de grande escala, dentre eles a posição do jato subtropical e a distribuição da convecção ao longo do cinturão tropical.
O cenário discutido acima sugere um tripé de interação, Alta da Bolívia, Cavado e frentes, governado por interações lineares e não lineares que estabelecem o posicionamento e intensidade dos sistemas e de bandas de nebulosidade associadas. A relevância do papel dos processos físicos neste mecanismo, é no entanto uma questão em aberto.
FONTE:
http://climanalise.cptec.inpe.br/~rclimanl/boletim/cliesp10a/17.html




INVERNO NO HEMISFÉRIO NORTE

Temos aqui a formação das auroras boreais que estão mais fortes por causa da forte atividade solar.



VÓRTEX POLAR COMEÇA NO ALASKA E SE ESTENDE SOBRE O CANADÁ

Vemos abaixo, a formação(em roxo) das baixas pressões frias do Ártico em direção aos EUA e Europa, iniciando o INVERNO.
No hemisfério Sul temos a quase ausência anormal de ciclones extratropicais.




AR POLAR DO ÁRTICO INVADE OS EUA
Como se vê, um grande onda (em verde) chega até o sul dos EUA congelando as Montanhas Rochosas no oeste com muita neve. 





O Ártico está 1,41°C mais quente que o normal, mesmo assim resfria o ATLÂNTICO NORTE bloqueando a CORRENTE DO GOLFO DO MÉXICO. Isso caracteriza uma ERA GLACIAL, pois a tendência é a corrente do golfo ficar bloqueada, congelando mais ainda o ÁRTICO DURANTE O INVERNO.
Durante o inverno do Hemisfério Sul, observei que o ar frio Antártico passou DIRETAMENTE pela Cordilheira dos Andes em direção ao Ártico. Conclui que a ANTÁRTICA TENDE A CONGELAR O ÁRTICO.






1112 midwest storm.jpg
Nov. 11, 2015: Brittany Tappen stands next to her vehicle, one of several that were stranded by ice and snow on the northbound off ramp from I-25 to Baptist Road during the morning commute north of Colorado Springs, Colo. (AP)


NO RADAR METEOROLÓGICO, VEMOS EM AZUL  A NEVE:


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