Na imagem animada da anomalia de TSM da costa peruana e equatoriana, vemos que as temperaturas no mar estão até 3°C acima da média para essa época do ano, o que causa grande aquecimento e muita evaporação.(efeito estufa)
No gráfico, vemos que a temperatura atingiu 2,31°C acima da média. A mais alta até o momento.
Abaixo temos na animação de TSM global a intensificação no Pacífico do fenômeno El Niño. Também percebe-se o aquecimento do oceano Índico, onde está causando fortes ciclones tropicais.
No Atlântico Norte percebe-se o contrário, um resfriamento e um bloqueio da CORRENTE DO GOLFO, que pode causar a mini ERA GLACIAL.
Na imagem animada das Américas, vemos o enfraquecimento das frentes frias no Pacifico Sul e fortes correntes de jato sobre os EUA levando umidade do El Niño para o Hemisfério Norte.
No período de El Niño, não temos a ALTA DA BOLÍVIA.
No Brasil ocorre até fenômenos anômalos, como um Vórtice Ciclônico sobre o Tocantins(região central do Brasil) que deveria se formar sobre o oceano Atlântico e ausência da ZCAS(Zona de Convergência do Atlântico Sul).
As TSM do Atlântico Sul
Comparando as imagens de 09.11.2015 com a imagem do ano anterior em 03.11.2014, percebe-se um fortalecimento da corrente fria das Malvinas(em lilás) e a permanência da corrente do Brasil, com temperaturas menos quentes.
epoca.globo.com/
A Corrente do Golfo está parando, com frio recorde no Atlântico Norte
O fenômeno explica como a região entre o Canadá e a Europa é a única a bater recordes de frio. Mas não compensa o aquecimento global
ALEXANDRE MANSUR
01/04/2015 - 21h24 - Atualizado 01/04/2015 21h26
O planeta está esquentando. As mudanças climáticas vem elevando as temperaturas da Terra ao longo dos últimos 100 anos ou mais. Porém, há um pedaço do globo que se comporta de forma diferente.
O mapa acima mostra o aumento de temperatura desde 1900 até 2013. As áreas em vermelho são onde as médias anuais estão até 2,4 graus centígrados mais altas. As áreas em azul são onde as médias estão até 0,8 graus mais baixas.
A primeira coisa que salta aos olhos é que o aquecimento é maior no Hemisfério Norte. Em especial perto do Polo Norte. Isso tem a ver com a dinâmica do gelo Ártico e da Antártica (que funciona como um lastro de gelo).
A segunda coisa que chama atenção é uma mancha azul no Atlântico Norte. Ali a temperatura média caiu no último século. É praticamente a única região do planeta que esfriou. Por quê?
O pesquisador alemão Stephan Rahmstorf, da Universidade de Potsdam, tem uma tese. Ele estuda clima e oceanos e é co-fundador do blog Real Climate. Segundo um novo estudo feito por Rahmstorf, o Atlântico Norte está esfriando por causa da desaceleração da Corrente do Golfo.
Esse fenômeno já havia sido previsto pelos modelos de mudança climática. A Corrente do Golfo trás as águas quentes dos trópicos para o norte do Atlântico. Graças a ela, a Europa Ocidental é mais amena do que deveria por sua latitude. As ilhas do Reino Unido são especialmente beneficiadas pelo calor da corrente.
Os autores do estudo recente conseguiram evidências de que a Corrente do Golfo está mais fraca do que nos últimos 1100 anos pelo menos. Para isso, o grupo reconstruiu estimativas de temperatura do passado da região desde o ano 900 antes de Cristo. Segundo o estudo, a redução no fluxo da Corrente do Golfo a partir do ano 1975 é única em todo o período observado, com 99% de probabilidade. "Isso sugere fortemente que o enfraquecimento não é derivado de variação natural mas do aquecimento global", escreve Rahmstorf.
A imagem acima mostra a diferença de temperatura média entre a região do Atlântico Norte banhada pela Corrente do Golfo e a totalidade do Hemisfério Norte. É possível ver como a região ficou sensivelmente mais fria do que o resto do hemisfério nas últimas décadas.
O ano de 2014 foi o mais quente já registrado. Ficou um grau centígrado mais quente do que a média de 1880 a 1920. Mas a região da Corrente do Golfo ficou de um a dois graus mais fria do que a média histórica.
No último inverno de 2014 para 2015, o Hemisfério Norte teve a média mais quente desde o início das medições em 1880. Mas o Atlântico Norte teve a média mais fria desde o início dos registros.
A desaceleração da Corrente do Golfo pode estar ligada ao degelo da Groenlândia e do norte da América do Norte. A mudança no grau de salinidade do mar na região afeta a dinâmica das correntes oceânicas.
O fenômeno mostra que as mudanças climáticas são mais complexas do que se imagina.
Uma extrapolação irrealista - e irresponsável - do fenômeno inspirou o filme "O Dia Depois de Amanhã". No filme, a Corrente do Golfo para literalmente de um dia para o outro, resfriando não só o Atlântico Norte mas precipitando o planeta numa nova Era Glacial. Diante da repercussão do filme, climatologistas se apressaram a explicar que o arrefecimento da Corrente do Golfo poderia sim reduzir o aquecimento naquela região específica. Mas de maneira alguma compensaria o aquecimento geral do planeta provocado pelos gases de efeito estufa que estamos despejando na atmosfera.
13:25,
11/10/2012
ALEXMANSUR
GERAL TAGS: ANTÁRTICA, ÁRTICO, MUDANÇAS CLIMÁTICAS
O Ártico no Polo Norte bateu o recorde de
derretimento no verão. Este ano caminha para fechar como o mais quente da história. Foi o verão mais escaldante no Hemisfério Norte. Por outro lado, do lado de cá do mundo, surgem outras notícias. Os pinguins
da Antártica não devem estar tão preocupados agora. O mar congelado que cerca a
Antártica, no Polo Sul, bateu o recorde de extensão no inverno. A camada de
gelo flutuante (que aparece em branco na imagem acima) chegou a 19,44 milhões
de quilômetros quadrados em 2012, segundo o Centro Nacional de Neve e Gelo
(NSIDC), dos Estados Unidos. O recorde anterior, de 2006, era de 19,39 milhões
de quilômetros quadrados.
O que houve com o aquecimento global? O recorde na
Antártica indica que a Terra não está esquentando? Não é bem assim. Primeiro,
embora seja um recorde, a extensão de gelo atual não está tão distante da
média. A linha amarela mostra a média da extensão de gelo nos meses de setembro
entre 1979 e 2000. Em alguns lugares, especialmente no Mar de Bellingshausen, o
gelo este ano está menor do que a média histórica.
Em comparação, o histórico do Ártico é bem claro. A
calota polar está desaparecendo década após década no verão. Este ano o Polo
Norte bateu mais um recorde histórico de pouco gelo no verão.
Segundo os cientistas, o inverno com muito gelo na Antártica e o verão com
pouco no Ártico são fenômenos distintos. Para os pesquisadores Claire Parkinson
e Donald Cavalieri, da Nasa, agência espacial americana, os hemisférios da
Terra têm uma grande variabilidade de um ano para o outro. Pode haver mais gelo
num e menos no outro. Ou mais gelo em ambos. E menos gelo em ambos”, afirmam.
“Apesar disso, as tendências de longo prazo são claras: a magnitude da perda de
gelo no Ártico excede consideravelmente os ganhos na Antártica.”
Para os pesquisadores da Universidade do Colorado,
que fazem parte da equipe do NSIDC, comparar as tendências de gelo do verão e
do inverno em dois polos é problemático porque são dois processos diferentes.
“Durante o verão, o gelo flutuante derrete e a superfície escura do mar aumenta
o aquecimento. No inverno, há outros fatores, como nevascas no gelo e o vento.
Pequenas alterações na extensão do gelo no inverno são um sinal mais ambíguo do
que a perda de gelo no verão. A expansão do gelo no inverno da Antártica pode
ser efeito de variações nos padrões de vento e queda de neve. Já o declínio do
gelo no Ártico é mais ligado ao aquecimento global”, escrevem os pesquisadores no blog
do NSIDC.
(Alexandre Mansur)
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