segunda-feira, 21 de setembro de 2015

ENCHENTES NO SUL E SECA NO CENTRO-NORTE DO BRASIL



Imagem animada acima do Radar do dia 19.09.2015 mostra a forte intensidade das chuvas em SC e RS. Abaixo a imagem animada do Meteosat do dia 20.09.2015 mostra a frente fria bloqueada no sul do Brasil e o ar seco sobre o centro-norte do Brasil





G1 18/09/2015 17h56 - Atualizado em 18/09/2015 20h49

Em 2 dias, 15 cidades de SC têm chuva esperada para todo o mês

São Joaquim, na Serra, acumulou 190 mm de chuva desde quarta (16).
Em 19 horas, estado registrou mais 21 mil quedas de raios.


Desde o início das chuvas que atingem o estado desde a última quarta-feira (16), pelo menos 15 cidades já ultrapassaram o volume de chuva esperado para todo o mês de setembro, que costuma variar entre 130 e 150 milímetros. As regiões mais afetadas são o Sul e a Serra. As informações são da Central RBS de Meteorologia.
Desde quarta até a tarde desta sexta-feira (18), haviam registrado volumes elevados de chuva as seguintes cidades:
São Joaquim - 190 mm
Morro Grande - 188 mm
Ermo - 167 mm
Santa Rosa de Lima - 156 mm
Nova Veneza - 152 mm
Sombrio - 151 mm
Orleans - 146 mm
Jacinto Machado - 145 mm
Santa Rosa do Sul - 144 mm
Lages - 144 mm
Içara - 140 mm
Grão Pará - 140 mm
Laguna - 138 mm
São Martinho - 136 mm
Rio Fortuna - 127 mm
Mais de 21 mil raios
Entre as 21h de quinta-feira (17) e as 16h desta sexta (18), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 21.562 quedas de raios. De acordo com a Central RBS de Meteorologia, Santa Catarina foi o estado que mais registrou quedas de raio no Brasil nesta sexta.
Os três municípios que mais registraram quedas de raio no período foram Lages (652 raios), São Joaquim (477) e Urubici (305). Até a publicação desta reportagem, não havia informações sobre danos ou vítimas
Rio chegou a transbordar
O Rio Araranguá, na cidade de mesmo nome do Sul catarinense, chegou a transbordar nesta sexta e algumas ruas ficaram alagadas. Às 9h, o nível da água passou de 2,4 metros. O nível baixou rapidamente, porém, e às 15h estava em 2,25, segundo os bombeiros da cidade, que também teve problemas de deslizamentos ou erosão.
Moradores acompanham as condiçõs dos rios do Sul de SC (Foto: Denise de Medeiros/RBS TV)Moradores e Defesa Civil acompanham as
condições dos rios do Sul de SC
(Foto: Denise de Medeiros/RBS TV)
A situação está sendo monitorada pela Defesa Civil. Segundo o coordenador do órgão, Paulo Roberto Oliveira, nenhuma família ficou desalojada ou desabrigada no município e a situação está dentro da normalidade.
"Esta água veio de Timbé do Sul e chegou cerca de 12 horas depois. Agora ela está baixando rapidamente por causa da vazão no mar, mas continua chovendo e estamos monitorando a situação", afirma.
O Rio Araranguá recebe a água de afluentes de outros municípios da região Sul, como Meleiro, Timbé do Sul, Jacinto Machado, Turbo e Ermo. Como continua a chover na região, a situação é de alerta. Na manhã desta sexta, a Defesa Civil estadual reforçou o aviso para o Sul catarinense.
Ruas ficaram alagadas em Tubarão (Foto: Gabriel Felipe/RBS TV)Ruas ficaram alagadas em Tubarão (Foto: Gabriel Felipe/RBS TV)
A Defesa Civil informou que em vários municípios o solo está saturado e os rios cheios, por isso, reforça a atenção para risco de inundações, alagamentos e deslizamentos de terra.
Os municípios que requerem mais atenção, segundo a Defesa Civil estadual, na tarde desta sexta-feira, eram: Passos Maia, Água Doce, Mafra, Rio Negrinho, Corupá, Jaraguá do Sul, São Cristóvão do Sul, Ponte Alta do Norte, Lebon Régis, Frei Rogério,Curitibanos, Campos Novos,  Mirim Doce,  Agrolândia, Pomerode, Gaspar, Ilhota, Leoberto Leal, Major Gercino, Angelina, São Pedro de Alcantara.
Timbé do Sul
A Defesa Civil regional informou que Timbé do Sul foi um dos municípios mais atingidos no Sul do estado. Segundo Joselia Scot Pezente, coordenadora do órgão municipal, a situação na cidade melhorou em relação a quinta-feira.
As aulas nas redes estadual e municipal foram retomadas. Das três comunidades que ficaram isoladas, apenas uma continua nesta situação porque a estrutura de uma ponte foi danificada. Não há registro de desalojados ou desabrigados.
Siderópolis
Granizo destelhou casas e aviários em Siderópolis (Foto: Rosinei da Silveira/Divulgação)Granizo destelhou casas e aviários em Siderópolis (Foto: Rosinei da Silveira/Divulgação)
Na localidade de Da Boit, entre Siderópolis e Nova Veneza, aviários tiveram os telhados destruídos pelo granizo. Pela manhã, técnicos foram até as localidades e avaliaram os estragos. Rosinei da Silveira, coordenador da Defesa Civil estadual informou que seis aviários e quatro casas ficaram destelhados por causa da chuva de pedras, no município de Siderópolis. Ainda não há confirmação sobre o número de animais afetados.
Segundo a Defesa Civil regional, na manhã desta sexta, técnicos estavam avaliando estragos em outras cidades do Sul. Em Criciúma, o muro de uma escola caiu com o medidor da Celesc e bloqueou parte da rua e entrada. Será analisada a necessidade de interdição da área. Tubarão teve ruas alagadas.
Granizo, chuva e vento
A frente fria que atinge Santa Catarina fez com que pelo menos 50 cidades do estado registrassem chuva forte e alagamentos entre quarta (16) e a madrugada desta sexta-feira (18). O levantamento da Defesa Civil estadual, divulgado por volta da 8h, indica que ao menos 39 municípios tiveram granizo e 10 algum tipo de dano.
Granizo trouxe prejuízos para a avicultura em Siderópolis (Foto: Rosinei da Silveira/Divulgação)Granizo trouxe prejuízos para a avicultura
(Foto: Rosinei da Silveira/Divulgação)
O maior problema ficou concentrado no Sul catarinense, onde a chuva forte gerou alagamentos e deixou três cidades com localidades isoladas: Timbé do Sul, Jacinto Machado, Balneário Rincão. Em Orleans, Grão Pará e Timbé do Sul, as aulas chegaram a ser suspensas na quinta-feira para garantir a segurança de alunos e funcionários.
Outras cidades do estado tiveram algum tipo de problema por causa do granizo, chuva ou vento forte. Em Palhoça, na Grande Florianópolis, 80 telhados de casas ficaram danificados pela chuva de gelo. No Norte, Joinville teve a queda de um muro; Timbé, no Sul, também registrou deslizamento de um muro de contenção.
Em Frei Rogério e Monte Carlo, na Serra e Oeste, o granizo gerou danos para a agricultura. Dona Emma, no Vale do Itajaí, registrou vendaval e uma casa foi afetada.
Outras ocorrências foram em São Joaquim, mas não constam no relatório oficial. Bocas de lobo transbordaram e a água invadiu uma casa na parte alta da cidade. No bairro Jardim Bandeira, bombeiros também ajudaram moradores de uma casa invadida por um rio que transbordou. Pelo menos duas famílias ficaram ilhadas.
Já no Vale, em Itajaí, a Rua 7 de Setembro ficou alagada e teve que ser drenada. O trecho perto do terminal rodoviário precisou ser fechado.
Alerta segue até o final de semana
A Defesa Civil de Santa Catarina informou que o alerta de altos níveis de chuva, possibilidade de granizo e fortes ventos está mantido até o final de semana.
"Até [sexta] há possibilidade de chuva mais significativa, deve perdurar com mais intensidade. Sábado (19) ainda tem ocorrência de chuva, com menor intensidade", diz o diretor de Prevenção da Defesa Civil, major Fabiano Souza. Sul e a Serra são as regiões com maior precipitação, vento e ocorrência de granizo, mas todas as regiões devem ser afetadas.
De acordo com Souza, os moradores de regiões de áreas de risco devem prestar atenção aos sinais e acionar a Defesa Civil quando houver indícios de problemas.
Notícias Ao Minuto

noticiasaominuto.com.br

Excesso de chuva aumenta níveis de rios e famílias deixam casas no RS

O tempo chuvoso permanece sobre o Estado há cerca de uma semana ininterrupta. Em algumas localidades, os rios já estão acima dos seus níveis

DR
BRASIL ENCHENTESHÁ 13 HORAS
Famílias da região do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, começaram a ser retiradas de casa na tarde deste domingo (20) devido ao risco iminente de enchente. São moradores de localidades ribeirinhas e pontos mais baixos das cidade de Estrela e, principalmente, da vizinha Lajeado (114 quilômetros de Porto Alegre).  
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O tempo chuvoso permanece sobre o Estado há cerca de uma semana ininterrupta. Em algumas localidades, os rios já estão acima dos seus níveis. É o caso do Taquari, que dá nome ao vale, que está mais de 8,50 metros acima do seu nível normal.  
Isso fez com que a Defesa Civil removesse cerca de 30 famílias moradoras de Lajeado. Elas foram encaminhadas a casa de familiares ou ao ginásio do bairro São Cristóvão. Diversas ruas estão com o trânsito de veículos bloqueado e o acesso a algumas localidades está sendo impedido pelas águas.  
A Defesa Civil explica que as famílias foram removidas preventivamente. A elas está sendo dado apoio, como alimentação e ajuda no carregamento de móveis. O alerta foi estendido às cidades de Encantado, Estrela e Cruzeiro do Sul.   O Vale do Caí também passa por situação semelhante. O rio Caí está acima de seu leito normal. Em Montenegro, o rio está a cerca de um metro para transbordar e alagar parte do centro da cidade.
Segundo dados da Defesa Civil atualizados neste domingo, cerca de cinco mil famílias (mais de 20 mil pessoas) em 60 municípios gaúchos tiveram suas casas danificadas pela queda de granizo ou pela chuva forte nessa semana. A cidade mais atingida foi Taquara, no Vale do Paranhana, onde cerca de duas mil residências sofreram avarias.  
De acordo coma empresa de meteorologia MetSul, choveu desde quarta-feira (16), mais de 200 milímetros em pontos da serra gaúcha, onde estão localizadas as nascentes dos rios Taquari e Caí. Ao passar das horas a água chega às planícies, aumentando os níveis nos leitos. A previsão do tempo, conforme os meteorologistas, é que a chuva sobre o RS permaneça por toda a semana, segundo UOL. 

Após chuva volumosa, rio Taquari sobe e alaga áreas em Lajeado, RS

Após chuva volumosa, rio Taquari sobe e alaga áreas em Lajeado, RS
Lajeado RS 20 09 15 Ageu Kehrwald 3
A chuva volumosa em uma sequência de quatro dias que caiu em boa parte da metade norte do Rio Grande do Sul forçou a elevação do nível do rio Taquari, neste domingo (20), no município de Lajeado, no centro-norte gaúcho.
As águas subiram rapidamente alagando áreas ao entorno do Centro, onde está localizado o Parque Verde “Theobaldo Dick”, além dos bairros Conservas e Hidráulica.
Mais ao norte, no município de Encantado, a régua da estação telemétrica mantida pela Agência Nacional de Águas (ANA) registrou nível de 5,15 metros, acima da cota de alerta que é de 5,02 metros.
Na mesma região, outra estação controlada da ANA registrou somente nas últimas 96 horas, precipitação de 158,9 milímetros no município de Travesseiro, sobre o rio Forqueta, importante cabeceira que deságua no Taquari.
O estudo de vulnerabilidade para enchentes feito pelo Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) mostra que a região de Lajeado está sob vulnerabilidade “alta” para o risco de enchente (em vermelho).
Lajeado RS 20 09 15 Ageu Kehrwald 3
(Crédito das imagens: Ageu Kehrwald - Reprodução/SNIRH)
(Fonte da informação: De Olho No Tempo Meteorologia)




20/09/2015 14h23 - Atualizado em 20/09/2015 14h23

Sem chuva, volume do Sistema Alto Tietê sofre 4ª queda consecutiva

Volume registrado neste domingo é de 15,8%.
Chuva já ultrapassou média do mês.

Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Foto tirada com drone mostra a situação da Represa do Rio Jundiaí, em Taiaçupeba, no dia 14 de agosto de 2015 (Foto: José Antônio de Assis/ arquivo pessoal)Foto tirada com drone mostra a situação da Represa do Rio Jundiaí, em Taiaçupeba, no dia 14 de agosto de 2015 (Foto: José Antônio de Assis/ arquivo pessoal)
O volume das represas que compõem o Sistema Alto Tietê registrou a quarta queda consecutiva neste domingo (20). O levantamento é da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). No dia anterior, o índice era de 15,9%. Desde o dia 8 de setembro, o nível estava em elevação. Naquele dia, o volume era de 13,1%
Nas últimas 24 horas não houve registro de chuva. A pluviometria acumulada do mês está em 133,1 mm. Na mesma data, no ano passado, o índice dos reservatórios era de 12,7% e a pluviometria acumulada era de 28,6 mm.

Onda de calor e ar seco dispara focos de queimadas sobre o Brasil

Onda de calor e ar seco dispara focos de queimadas sobre o Brasil
Além do atraso na volta da chuva sobre a maior parte das Regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste, a atual onda de calor, com temperaturas acima de 40°C e valores de umidade relativa do ar abaixo de 10% em contribuído para o alastramento dos focos de queimadas pelo país.
O monitoramento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostrou que, desde sexta-feira (18), quando a potente massa de ar quente e seco ficou ainda mais forte, os números de focos de calor sobre o Brasil cresceram em demasia.
Somente nas últimas 48 horas, os satélites utilizados pelo instituto contabilizaram a impressionante marca de 3.485 focos em todo o território nacional. A média diária, antes da onda de calor, era de mil a 1.500 focos.
O estado que mais queimou com o agravamento do calor sobre o país foi Mato Grosso, com 1.352 focos. Justamente também o que contabilizou as maiores temperaturas, de até 41,8°C e o maior número de municípios com calor intenso no período.
Se somados os dados mensais de setembro, em todo o país, o valor salta para 49.592 focos, o que representa um aumento expressivo de 73% em comparação com o mesmo período do ano passado.
No total anual, ou seja, entre 01 de janeiro e 19 de setembro, em todo o Brasil, 117.649 focos de queimadas já foram registrados, aumento de 15% em comparação com o mesmo período de 2014.
A constante elevação das temperaturas, portanto, tem enorme peso em contribuição para os focos de calor.
Estudos mostram que em anos de El Niño, como agora, as ondas de calor ficam cada vez mais frequentes e intensas, o que só vem a agravar o ritmo de queimadas e de desmatamento no país.
Queimada Irving Foster Brown
(Crédito da imagem: Arquivo/Irving Foster Brown)
(Fonte da informação: De Olho No Tempo Meteorologia) 

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